segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Nua & Crua POA

O álcool beija o asfalto
A noite sempre nua
transborda em fúria
Sexo e patifaria
Sou o primeiro da fila
Tenho meus conceitos
Me porto como um porco louco
Um bêbado insano
Um anjo possuído por seus feitos
um lúcido e faminto jovem
Na nua sempre nua & crua noite de POA
Que se manifesta
Com seu ódio e sua relva
O lobo uiva
Os becos gritam
Os prédios cinzentos da Borges ecoam
O Gazômetro em chamas
Me chama para o fundo do rio
Podre e lindo rio
A festa começa
E o que interessa?
A noite que cai na testa
Provoca a ira de quem contesta
Esta nua sempre nua & crua Noite de POA
Coberta de sexo & Luxúria
Ela arde em chamas
Cidades dos amantes cidade dos anjos
Gatas vadias Gatas com a Tia
Perambulam por aí
E quem se importa com esses bostas
Essa grande indiferença
Entre nós e eles eles e nós
Isso não importa
O álcool bate na porta
Aceite a noite
Abram espaço para a loucura
Drogas & violência
Vidas vadias se cruzam e se completam
Duram pouco ou tampouco vou me importar
com o quer que seja
eu quero cerveja
Uma gata bichada escrota
com cheiro de cereja
Desvairada e louca
Pois o vinho beija o asfalto
corpos se arrastam pela Osvaldo
A gilete cumprimenta o prato
A pupila tudo vê
Tua íris em ponto de bala
No tambor da tua nuca
Pronta para disparar
Na nua sempre nua & crua noite de POA
Minhas veias pulsam
Meu nariz nervoso
Meu cachimbo roto
Meu fígado virou esgoto
E para teu desgosto
a noite não acabou ainda...

Nenhum comentário:

Postar um comentário