sábado, 25 de julho de 2009

Confissões Sexuais De Um Espantalho

É tão indiferente espantar-se
Pois é tão diferente
A tua indiferença
Tão constante, de pano curto
Meu corpo... Um pacote de arroz velho
Costurado a um saco de feijão
Sinto; Tu me querer assim...
Não olhe meu sangue de palha
não seja tão indiferente assim
Para você estou apenas crucificado
Na beira de teu canteiro de legumes
Estou tão indiferente que posso te escutar gozar
Amar o teu homem de mentira
Posso ouvir você gozar
Na escuridão de teu quarto
Posso sentir você suspirar
Eu saberia como te abraçar nas noites frias
Penso em ti
Em ti
tu... E eu?
Apenas alguém esquecido
apenas um membro de pano
E palha seca como ereção
E é tão indiferente a nossa diferença
que me sinto tão só na horta de legumes
É tão indiferente a tua indiferença querida...
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